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Organizações da Sociedade Civil em Moçambique

a “transmissão da dependência” e o papel das entidades intermediárias

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Nhatsumbo, Ernesto

Bussotti, Luca

CODESRIA en partenariat avec NENA,
Afrique et Développement
Volume XLIX,
No. 3, 2025
Article(HTML) 26p.
A sociedade civil moçambicana tem registado uma evolução, nem sempre linear, desde que ela começou a fortalecer-se, no início da década de 1990. A dependência, não apenas financeira, mas também programática e de gestão, representou o sinal característico da maioria das organizações da sociedade civil moçambicana. Estas deviam actuar entre a pressão do governo e as exigências dos doadores internacionais. O resultado foi que apenas poucas organizações conseguiram evoluir, tendo uma agenda própria, pessoal competente e fundos constantes que permitissem uma programação de médio e longo prazo das suas acções, junto às comunidades locais. Na maioria dos casos, as organizações da sociedade civil do país mantiveram-se fracas, com um défice evidente de competências e, portanto, dependentes dos doadores, geralmente internacionais. Este artigo procura relatar uma pesquisa que foi levada a cabo, em Moçambique, junto a três sujeitos principais: doadores internacionais, ONG e outras entidades, tais como fundações nacionais, que servem de colectores dos fundos dos doadores, e organizações de base, que representam os beneficiários últimos dos fundos. Mediante uma abordagem qualitativa, baseada, essencialmente, em entrevistas com informantes-chave, o resultado foi que o mecanismo tripartido implementado em Moçambique revela limitações, fomentando a dependência das organizações da sociedade civil, ao invés de induzi-las à mudança e à evolução rumo a uma maior qualidade e estabilidade, não apenas de tipo financeiro.
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